Há exatos 33 anos, morria aquela que muita gente considera até hoje a maior estrela do cinema em todos os tempos: Joan Crawford. Para homenagear essa atriz inesquecível, postarei algumas imagens do arquivo do historiador de cinema Jaime Palhinha, certamente o fã número zero de Miss Crawford, que há alguns anos tem trabalhado num livro sobre seu objeto de adoração. O culto a Joan Crawford cresce cada vez mais e hoje ela tem muito mais admiradores do que sua rival Bette Davis e de muitas estrelas de cinema da era de ouro de Hollywood, como Greta Garbo, Ingrid Bergman, Lauren Bacall ou Grace Kelly.
Diferentemente da maioria das suas colegas, Crawford também conta com a admiração e respeito dos aficionados por filmes de horror, que redescobrem a todo momento suas investidas nesse gênero. Considerados lixos desprezíveis na época em que foram lançados, arrasados pela crítica por não estarem à altura de uma estrela da grandeza de Joan Crawford, os filmes de horror da fase final da atriz foram - e continuam sendo - redescobertos pelas gerações seguintes de cinéfilos, que os alçaram à categoria de cult.
Começando pelo histórico confronto com Bette Davis em O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (1962), o flerte de Miss Crawford com o horror lhe rendeu a alcunha de First Lady of Fright e ficou marcado por participações inesquecíveis em dois veículos em parceria com o mestre do choque William Castle, os clássicos Almas Mortas (1964) e Eu Vi Que Foi Você (1965), seguido pelo grand guignol de Espetáculo de Sangue (1968) e a extravagância pré-histórica Trog, o Monstro das Cavernas (1970). Porém, estas não foram as únicas investidas da atriz no gênero; muito pelo contrário. Ainda no período do cinema mudo, em 1927, uma muito jovem Joan Crawford contracenou com o lendário Lon Chaney em O Monstro do Circo, um dos filmes mais intensos e trágicos da carreira do Homem das Mil Faces. A atriz também protagonizou dois eletrizantes filmes de suspense, os dramáticos Precipícios d’Alma (1952) e Frenesi de Paixões (1955).
Nestes primeiros documentos para homenagear a estrela preferida de muitas gerações de fanáticos por cinema, escolhi dois recortes comentando o falecimento da estrela; um deles muito peculiar, relembrando sua parceria com Lon Chaney. A outra matéria foi publicada na extinta revista Manchete.
Joan Crawford foi algo que poderíamos denominar de pau-prá-toda-obra. E sua passagem pelos meus gêneros favoritos, o western [JOHNNY GUITAR] e o terror [os filmes de William Castle] me trouxeram esta constatação. Melhor ainda, quando veio para a TV num episódio da minha série do coração, THE VIRGINIAN. Quando Robert Aldrich resolveu colocá-la ao lado de Bette Davis num duelo mortal em O QUE TERÁ ACONTECIDO A BABY JANE, ficou impossível desassociar uma da outra, deixando uma lembrança emblemática nas telas.
ResponderExcluirCAYMAN MEUS GENEROS FAVORITOS TAMBÉM SÃO O WESTERN E O TERROR. NÃO SEI SE VOCE SABE, QUE MISS CRAWFORD ANTES DO EXCEPCIONAL JOHNNY GUITAR EM 1954, HAVIA FEITO OUTROS WESTERNS - EM 1927, AINDA NO CINEMA SILENCIOSO, FEZ 'ESPADAS E CORAÇÕES' (WINNERS OF THE WILDERNESS)AO LADO DO MOCINHO DA ÉPOCA TIM McCOY - EM 1930, TAMBÉM AO LADO DE OUTRO ASTRO DO WESTERN JOHNNY MAC BROWN FEZ 'MULHER...E NADA MAIS '(MONTANA MOON)- EM 1959 UM EPISÓDEO DA SÉRIE 'ZANE GREY' - 'DECISÃO DE MULHER' (REBEL RANGE) E NO ANO SEGUINTE TAMBÉM DA MESMA SÉRIE - 'UMA DEVE MORRER' (ONE MUST DIE)E, CONCLUINDO EM 1970 O EPISÓDEO DE LONGA METRAGEM DA SÉRIE 'O HOMEM DE VIRGINIA' (THE VIRGINIAN) ESCRITO ESPECIALMENTE PARA ELA, 'PESADELO' (NIGHTMARE) - TENHO TODOS ELES LEGENDADOS EM MINHA COLEÇÃO DE FILMES DE MISS CRAWFORD.
ResponderExcluirE COMO DISSE O IMORTAL ESCRITOR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, OCTAVIO DE FARIAS, 'JOAN CRAWFORD SERÁ SEMPRE LEMBRADA, PELA SUA BELEZA DE TRAÇOS FORTES E MARCANTES, SEU INCRÍVEL TALENTO E COMO UMA DAS ATRIZES DE MAIS PERSONALIDADE DA HISTÓRIA DO CINEMA'.
ABRAÇO DE JAIME PALHINHA
É, jaime, você é um especialista em 'La Crawford' e tanto. Eu já sabia que o episódio de O HOMEM DE VIRGINIA tinha sido escrito sob medida para ela, assim como houve outro com a rival Bette [Baby Jane] Davis. Porém não conhecia estes episódios da série Zane Grey Theater com ela. Estes eu não possuo. E Johnny Guitar deixou em mim a mesma impressão que levou diretores como Goddard a elogiarem tanto o papel dela. Eu até adoraria a idéia de tê-la visto numa continuação ao lado de Sterling Hayden, pois o personagem dele quase sumiu, durante a trama, ofuscado por ela e Mercedes McAmbridge. E a trilha sonora é uma das minhas favoritas. Canto-a de vez em quando em alguma apresentação que faço com letra adaptada em inglês.
ResponderExcluirCAYMAN, VOCE É CANTOR PROFISSIONAL? EU TAMBÉM ADORO A MÚSICA DO JOHNNY GUITAR - TENHO CANTADA PELA PEGGY LEE E A VERSÃO NOS ANOS 60 PELA ÓTIMA CANTORA BRASILEIRA, HOJE ESQUECIDA, GIANE. ACESSE O MEU SITE, (devoltaaopassado) LÁ ESTÁ MEU E-MAIL E TELEFONE, ENTRE EM CONTATO COMIGO QUE QUERO LHE DAR DE PRESENTE OS DOIS EPISÓDEOS DO 'ZANE GREY THEATRE'. MISS CRAWFORD COM CERTEZA IA QUERER ISSO, E VAI FICAR MUITO CONTENTE POR EU FAZÊ-LO PARA MAIS UM ADMIRADOR SEU.
ResponderExcluirABRAÇO DE JAIME PALHINHA
Oh, sou cantor regional e country e muito obrigado de verdade, caro Jaime. Pode ter certeza que estes episódios são sim, um verdadeiro presente, e quanto ao seu site, já o conheço e sempre achei que iguais a ele, há poucos. Pois, para administrar uma boa opção desse nível na net, só mesmo amor à arte e experiência.
ResponderExcluirnão levem a mal, sou "macaca-de-auditório"(como se
ResponderExcluirdizia antigamente) de Joan Crawford, seguramente uma
das poucas verdadeiras lendas da nata que hollywood
já produziu mas ela teria que ter mais de dez
encarnações para chegar perto de Bette Davis, A Lenda
De Todas As Lendas!!!!!!! ninguém jamais chegará nem
perto...
Soberba, um monstro sagrado da dramaturgia! Joan Crawford foi a maior das atrizes americanas e, quiçá de todos os tempos. Dona absoluta da profissão que abraçou e para a qual tinha imenso e verdadeiro, incontestável talento. Nas filigramas, nos gestos gratuitos, no olhar oblíquo, nas pausas e na emissão das falas, enfim, em tudo é possível perceber a diferença entre uma grande atriz e uma congênere medíocre.
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