Não é exatamente um curta-metragem; para mim, é mais um exercício de como se filmar cenas de medo. Nesse sentido, atingiu plenamente o objetivo. Vale assistir sozinho, no escuro, com fones de ouvido, som bem alto... A reação (provavelmente) será de uma deliciosamente arrepiante sensação de pavor que o cinema cada vez mais parece estar desaprendendo como fazer. O todo-poderoso Guillermo del Toro está à frente de um projeto com o diretor Andy Muschietti para ampliar Mamá ao formato de longa-metragem. Resta torcer para que ele tenha fôlego para sustentar esse estilo clássico na duração de um feature e que seja capaz de contar uma boa história de fantasmas ou zumbis ou possessão ou qualquer coisa que nos cause medo.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mamá (2008)
Não é exatamente um curta-metragem; para mim, é mais um exercício de como se filmar cenas de medo. Nesse sentido, atingiu plenamente o objetivo. Vale assistir sozinho, no escuro, com fones de ouvido, som bem alto... A reação (provavelmente) será de uma deliciosamente arrepiante sensação de pavor que o cinema cada vez mais parece estar desaprendendo como fazer. O todo-poderoso Guillermo del Toro está à frente de um projeto com o diretor Andy Muschietti para ampliar Mamá ao formato de longa-metragem. Resta torcer para que ele tenha fôlego para sustentar esse estilo clássico na duração de um feature e que seja capaz de contar uma boa história de fantasmas ou zumbis ou possessão ou qualquer coisa que nos cause medo.
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De fato, o curta é excelente em seu minimalismo puro (trata-se menos de uma trama e mais de um efeito, e que efeito), que me lembra uns achados dos autores argentinos Bioy-Casares e Jorge Luis Borges para uma coletânea de contos fantásticos (alguns de 2 linhas) que eles publicaram nos anos 1940. Mas me decepcionei um pouco com o convencionalismo do final, ainda mais tendo em vista os 2 primeiros minutos, de tirar o fôlego. Mesmo assim, curta recomendadíssimo.
ResponderExcluirPois é, um curta curtíssimo que (quase) consegue estragar tudo na cena final, hahaha! Concordo com você que é tola aquela imagem final, e me preocupa que esse estilo esteja presente na versão longa do filme. Fico na torcida que o Guillermo del Toro proiba o pupilo de fazer essas coisas e se concentre no que é assustador mesmo!
ResponderExcluirMeu caro Alcebiades, duvido que você NÃO conheça o que vou postar aqui amanhã, apesar de ser algo relativamente obscuro, mas quero desde já dizer que é uma das postagens que mais me orgulho de ter feito. Só posso dizer que tem a ver com literatura.
Espero que os leitores que visitam o blog com frequência gostem do que vão ler, pois - como falei acima - será um dos destaques entre tudo que fiz até agora.
Carlitos
ResponderExcluirTotalmente off-topic...
Como estou tirando o atraso, só vi os curtas do Robert Morgan, agora.
Todos são altamente perturbadores. Os filmes me afetaram de tal forma, que até me senti um pouco, digamos, desconfortável, depois de assistí-los, mas, essa sensação, é na verdade, ótima, pois os filmes cumprem muito bem sua função que é a de nos impressionar e ultrajar.
Man in the lower é muito foda...
Enfim, tem muita coisa boa para se ver aqui.
Que ilustrações lindas, do Vincent Price! Não vi os comentário, mas, acho que o Marcão adorou.
Ah, também vi onde tudo começou.. o curta do Mèlié.
Caramba! Que curta foda!!! Belíssimo trabalho que me deu calafrios aqui assistindo! Adoro quando isso acontece pois com o tempo, de tanto assistir filmes de terror, o organismo vai se acostumando e já prevendo o que vai acontecer. Mas neste caso não! Nem a cena final que seria previsível em qualquer outro filme recente, fica inusitada quando precedida de todos aqueles arrepiantes momentos! Confesso que a cena final é desnecessária e muito clichê mas o resto do curta... rapaz! Vou ver de novo a noite pra ver o que sinto!
ResponderExcluirGostei muito deste curta, que mais parece um fragmento de pesadelo filmado. Como já foi dito, o final não é lá essas coisas, mas não pelo fato de ser um clichê, pelo menos para mim. O problema é que não existe aquele efeito surpresa, aquela porrada no estômago pra nos deixar de boca aberta e sem ar.
ResponderExcluirPra falar a verdade, nem me importo muito com clichês, desde que sejam bem aplicados e que não me venham com sustos falsos e outros artifícios baratos. Um exemplo disso é o "The Abandoned" do Cerdà, que é um filme do qual gostei bastante, apesar de ter sacado mais ou menos qual seria o final dele e daquele velho clichê em que a pessoa foge de um lugar, corre e corre por quilômetros, e dá de cara com o mesmo lugar (clichê que não me incomoda muito). Mas pelo menos não se apela para efeitos idiotas que assolam a maioria das produções atuais. E outro problema é que queremos ver algo que nos deixe arriados e depressivos, hehehe!
Mas voltando ao curta, vale mesmo é pela atmosfera criada, que é realmente opressiva e tenebrosa!
Fazia muito tempo, desde que tive a oportunidade de assistir o clássico do terror "Amor só de Mãe" do Dennison Ramalho, que eu não levava uns sustos! A cena em que aparece a primeira criatura é apavorante, e só perde mesmo pra Débora Muniz andando de trás pra frente no filme do Dennison. Achei o clima de escuridão muito envolvente, dando muito mais medo das criaturas que não vemos, do que aquelas porcarias digitais que tentam dar medo e acabam dando raiva. Só achei a última cena também desnecessária e comum, que o amigo Rodrigo já citou. Marcone
ResponderExcluirFalando em transformar uma coisa em outra, ví o remake d "A hora do pesadelo" nesta 3ª feira. Transformaram o Freddy num comédia. Que chato! Sustos ZERO. O filme não é todo ruim, tem algumas cenas de suspense q são legais seguidas de morte e víceras, algumas cenas-clichês tb são legais, mas o efeito é totalmente aniquilado com os Sustos-fáceis e com as cenas que fazem o público rir.
ResponderExcluirEx: Aquela em que a guria fica se debatendo no teto do quarto, de um lado para o outro, parece coisa de "Todo mundo em Pânico".
agora, mto legal essa cena que vc postou, realmente, por não ter nenhuma história fica mais parecendo um ensaio, mas se você for analisar pelo ótica do cinema moderno, este é sim um curta-metragem.
Putz, eu ainda não vi "A hora do pesadelo" original! Malzaço, vou correr atrás do prejuízo essa semana.
ResponderExcluireu adoro esse curta! assisti em tela grande no SP Terror no ano passado, e acabei achando um dos únicos filmes realmente interessantes de todo aquele festival...
ResponderExcluirCorbis, concordo totalmente com você: não me incomodo nem um pouco com clichês e até me irrito quando vejo pessoas reclamando que tal filme tem "clichês" demais. Afinal, o clichê é um recurso que, de tão eficiente, é repetido diversas vezes. O pior é que tem gente reclamando e "clichês" em filmes antigos, quando o recurso ainda nem era um clichê, hehehe...
ResponderExcluirO que não gosto do final não é a surpresa óbvia, mas o efeito NÃO assustador da menina com voz demoníaca, a "negritude" digital tomando o corpo dela, essas coisas. O que adoro nesse curta é a fotografia lindíssima (um espetáculo de iluminação), a câmera fluida, com a longa tomada inicial, e - acima de tudo - a menina armada com um aquário! Genial!!
Vladi, muito bom que você está "tirando o atraso" no blog! Recomendo também o curta ELEVATED, que é um pouco mais longo que os demais, mas é um baita exercício de tensão e narrativa num espaço limitado.
ResponderExcluirE Méliès nunca é ruim, não é? É o gênio responsável por tudo isso. ;)
A reação foi como a descrita como provável sim! Queria ver mais! Passei várias vezes o finalzinho e não consegui compreender o que a menina diz em voz cavernosa...
ResponderExcluirJuliana, ela repete a frase anterior: antes ela diz "Lili, abra a porta, mamãe já foi embora", aí repete, com voz demoníaca "Foi embora".
ResponderExcluirNossa acabei de rever agora, no escuro com fone de ouvido... Taquepariu... Marcone
ResponderExcluirNossa senhora! Acabo de rever, escurão, fone... calafrios!!! Brrrrrr... Lindo demais!!! Seqüência inicial com a garotinha entrando no quarto apavorada, quase paralisada é ótima!
ResponderExcluirPrimati, pintou uma dúvida: a garota se arma com o aquário ou não quer deixar o peixinho para trás? É o que eu faria quando criança, levaria meu bichinho.
Rodrigo, acho ela levou o aquário pra quebrar no meio do caminho mesmo... Pra fazer todo mundo assustar com o barulho! Hehehehe...
ResponderExcluirAcho que todo mundo aqui é expert em terror, mas se alguém ainda não viu, recomendo o curta (quase longa)do Dennison Ramalho, "Amor só de Mãe". Quando eu assiti a primeira vez, fiquei tão impressionado quanto com o clássico "O Exorcista". Tem uma cena que ele gravou ou editou meio de trás pra frente que é muito foda.
Que bom o Vlad aparecer, aqui tem que visitar sempre senão fica muita coisa legal sem conferir! Abraço!
Marcone
Rodrigo, agora acho que ela estava mesmo salvando o peixinho, o que mostra como esse curta foi muito bem planejado. É que comecei a ver o curta já tão tenso que pensei que a menina se armaria para enfrentar a mamá, hehehe.
ResponderExcluirEu vi esse curta ano passado. Fiquei empolgadíssima no começo, mas achei tão rápido, que fiquei frustrada. Parece mesmo um trecho assustador de um filme maior. E penso que, mesmo que na maioria das vezes o curta metragem seja um ensaio, um exercício para um longa, ele deve ser independente, deve valer por si só, senão perde o sentido de ser exibido a platéias. Mas seria lindo ver esse filme maior, com essas menininhas, a mãe ameaçadora e, de preferência, sem esses efeitos digitais horrorosos.
ResponderExcluirSobre o aquário, eu também entendi que ela estava salvando o peixinho.